Luís Filipe Menezes é um oportunista e um demagogo. Diz que, caso fosse presidente do PSD, nunca assinaria um acordo sobre a justiça sem perguntar a opinião aos militantes. Começa por confundir democracia representativa com democracia participativa e elege esta última a bem do Partido, tal como Chavez ou Castro. Nem quero pensar o que seria se fosse Primeiro-Ministro. Desconfio que não me perguntaria nunca a minha opinião. Não acredito que me estivesse sempre a chatear sobre isto e sobre aquilo.
Diz também que nunca aprovaria legislação penal como esta que agora pôs na rua muitos presos preventivos. Acontece que ela representa, pelo menos quanto aos prazos de prisão preventiva, um avanço civilizacional ao impedir que o Estado mantenha sobre a cabeça dos seus cidadãos o crivo do seu aparelho repressivo durante períodos mais ou menos longos. Não assinaria o acordo. Pois bem, o que propõe? Que esta legislação nuclear ao espírito de comunidade de um Estado seja alterada ao ritmo da alternância democrática? Tenha juízo e não faça dos portugueses idiotas.
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