A respeito do aparato mediático que nos cerca, encontrei um texto do Prof. Manuel de Andrade que se aplica na perfeição e que nos aconselha serenidade: "Um homem que se dá mal com a mulher, sem que todavia as suas desinteligências com ela o autorizem a pedir o divórcio, vem para casa bastante alcoolizado. A mulher exproba-lhe o estado em que ele lhe aparece. Então o homem exalta-se, puxa de um revólver e dispara sobre ela, ferindo-a. A mulher faz-se tratar por um curandeiro e morre, quando se teria salvo se fosse tratada por um médico capaz. Qual a causa da morte? Na linguagem usual podem ser indicadas várias causas, conforme as preocupações particulares da pessoa a quem se ponha a questão. Um reformador social dirá: a causa da morte foi a falta de uma boa lei de divórcio; um apóstolo do anti-alcoolismo: foram as bebidas alcoólicas; um pacifista: foi o não estar eficazmente proibido o uso de armas de fogo; um representante dos interesses da classe médica: foi o curandeirismo."

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