Equipa portuguesa que se preze tem de jogar com um número 10. O nosso futebol não é como o inglês ou o alemão que se pauta por grandes braçadas, é feito de progressão miudinha, de pé-para-pé, como se costuma dizer, e por isso precisa de jogadores que saibam fazer a passagem entre a zona recuada e a linha avançada, que saibam fazer lateralizações, mudanças de jogo, criar desequilíbrios na defesa contrária. Pelo que eu vi ontem, Karagounis é homem para isso. O Benfica, que ontem foi claramente superior ao Nacional, fez, muito por culpa do grego, um prolongamento muito, muito bom.

Já agora algumas notas:
Leo fez um exibição brilhante; é um jogador que sabe tudo o que um lateral deve fazer e tem um coração que nunca mais acaba, faz um sobe e desce constante e parece que nunca está cansado.
Quem, pelo contrário, esteve muito mal foi o Simão (o que se passa com este homem?) e o Nuno Gomes. Não consegui perceber como saíram Manduca e Geovanni, que estavam a ser dos melhores.
Por fim: hilariante ouvir Manuel Machado dizer que foi um jogo dividido; hilariante o jornal A Bola considerar que Hilário teve uma noite inspirada. Enfim.


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