Volto a este assunto porque ele é muito importante. E aproveito a deixa do Alexandre. Esta não é uma questão que tenha que ver com liberdade de expressão. Sobre isso está tudo dito. Como é óbvio cada um diz e escreve o quiser. O cristianismo aprendeu a lidar com ela (é preciso lembrar que esta aprendizagem durou séculos e ainda apresenta resistências), o islamismo também irá aprender.
Tem que ver, isso sim, com o ódio e a xenofobia que grassa na Europa em relação ao islamismo. É claro que já vão dizer, e o as manifestações nos países muçulmanos; e as destruições nas embaixadas, etc.
Pois, mas eu neste assunto sou politicamente correcto, para utilizar uma expressão que a direita usa e abusa. Acho que vivemos no mundo perigoso e que temos de ter muito cuidado com os extremismos. Se existem movimentos muçulmanos a quererem puxar o Ocidente para um conflito de civilizações, temos de responder com moderação. Há quem não concorde com isto, e eu aceito, mas há quem queira sobretudo aproveitar todos os pretextos para responder também com ódio. Basta ver como muita gente que brada pela liberdade de expressão teve uma posição totalmente diferente quando surgiram situações análogas dirigidas ao cristianismo. Leia-se este post de Daniel Oliveira, no Aspirina B, e este muito exemplificativo de Eduardo Pitta, no Da Literatura.
De um modo geral concordo com o que disse Marcelo no Domingo. Temos de ser moderados perante os extremismos que surgem de um lado e do outro. Há quem diga que isto é o tal politicamente correcto, eu acho que é o bom senso.
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Por Mário Azevedo
às 15:12. Tem que ver, isso sim, com o ódio e a xenofobia que grassa na Europa em relação ao islamismo. É claro que já vão dizer, e o as manifestações nos países muçulmanos; e as destruições nas embaixadas, etc.
Pois, mas eu neste assunto sou politicamente correcto, para utilizar uma expressão que a direita usa e abusa. Acho que vivemos no mundo perigoso e que temos de ter muito cuidado com os extremismos. Se existem movimentos muçulmanos a quererem puxar o Ocidente para um conflito de civilizações, temos de responder com moderação. Há quem não concorde com isto, e eu aceito, mas há quem queira sobretudo aproveitar todos os pretextos para responder também com ódio. Basta ver como muita gente que brada pela liberdade de expressão teve uma posição totalmente diferente quando surgiram situações análogas dirigidas ao cristianismo. Leia-se este post de Daniel Oliveira, no Aspirina B, e este muito exemplificativo de Eduardo Pitta, no Da Literatura.
De um modo geral concordo com o que disse Marcelo no Domingo. Temos de ser moderados perante os extremismos que surgem de um lado e do outro. Há quem diga que isto é o tal politicamente correcto, eu acho que é o bom senso.
4 Comentários a “Bom senso”
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Quando comecei a ler esta frase (O cristianismo aprendeu a lidar com ela (é preciso lembrar que esta aprendizagem durou séculos e ainda apresenta resistências), o islamismo também irá aprender.) já sabia como ía acabar.
O pior que se deve fazer é "relaxar". Só não vê os perigos que os "radicais" islamitas tÊm para com o Ocidente quem não quer.
Claro que DEVEMOS ser moderados. Até aí não há dúvidas. A minha dúvida é se não tomarmos uma posição sobre algo que nos pode cair em cima é o mais correcto. Vê o caso de França (manifs dos jovens).
p.s.: Mário (e restantes leitores deste blogue) o que devemos (o Ocidente) fazer em relação ao Presidente do Irão?! Devemos deixar andar...até construir a Bomba Atómica?! Devemos pressionar? ou...deixar andar!??! (como fizemos com Hitler) (n é comparável...esperemos que não!)
Quanto ao Hitler, também te poderia falar do antisemitismo que foi grassando na europa até gerar o Holocausto. E o que eu tenho medo é que um dia surja o doido qualquer e que aproveite esta onda anti-islâmica.
Quanto ao Irão, o que é q tu defendes? Uma guerra? Se tivesse havido bom senso com o Iraque talvez agora a resposta ao Irão fosse mais fácil. Mesmo assim, acho que se estão a dar os passos certos. Se for preciso, se a diplomacia falhar por completo, aceito que a guerra é a solução. Mas se for preciso.
Agora, uma coisa tenho a certeza, esta história dos cartoons não ajudou nada.
Lê o Editorial do Público de hoje. Tá lá TUDO o que pensa (com algumas alterações...de forma)
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