Esta combinação de personagens é prova viva de que a realidade supera qualquer ficção, por mais disparatada que seja.
Se fossem a Alemanha ou a França a ameaçar o Irão com o Conselho de Segurança, ainda se compreendia. Quando é Bush a fazê-lo, só não é motivo de risota porque, definitivamente, opinião pública é bem inexistente na civilização ocidental. Depois de invadir o Iraque sem justificação e contra o Direito Internacional e a Assembleia da ONU; de ter enviado um representante com um relatório falso e mentir sem pejo nenhum; e de, depois de consumada a invasão, exigir que os "aliados" ajudassem a resguardar os seus interesses da guerrilha irquiana, Bush devia ser proibido de citar a ONU, sob pena de expulsão.
Mas é Bush o culpado? Não, é claro que não é. Culpado é Kofi Annan, que não respondeu como devia (e a única resposta possível é "vai pastar!"). Culpada é a União Europeia, que obedece, consente, e se calhar, ainda vai agradecer a "corajosa intervenção do presidente dos Estados Unidos da América". Mas que digo eu? Então o presidente da Comissão Europeia não era primeiro-ministro do país que acolheu a cimeira da invasão?
Quanto à ONU em si, bem podia acabar. Se excluirmos alguns órgãos a ela anexos, como a UNICEF e a UNESCO, é uma fantochada que só serve para entreter a imprensa.
E já agora que o Hamas ganhou as eleições, porque não permitir a Israel largar a bomba atómica lá para aqueles lados?. Afinal, a democracia é linda, mas só se forem nossos amigos.