Foi penoso assistir ao jogo. Quase doloroso.
Começando pelo Rio Ave, a apatia que tomou conta da equipa na recta final da última época ainda não desvaneceu. É terrível ver uma equipa que nos habituou a tentar jogar futebol ao primeiro toque, de pé-para-pé, adoptar como única estratégia o pontapé para onde está o nariz virado e assumir como objectivo um empate a zero. Sousa tem muito que responder, e ainda mais pelas incríveis declarações no fim. Uma equipa que não cria uma só oportunidade de golo num desafio, ou melhor, não constrói qualquer jogada de ataque, não pode ser elogiada. Simplesmente não pode ser.
Quanto ao Porto, foi o do costume. O desnorte e o caos são generalizados, e os jogadores já nem conseguem disfarçar a incómodo, tanto são os disparates de Adriaanse. Pelo menos na época passada ainda se viam os jogadores no banco a gritar e a tentar incentivar os colegas. Agora nem isso. Ficam à espera que o tempo passe e do milagre que seria marcar um golo. E quando os melhores da equipa são Bosingwa e Diego, e Ibson sai ao intervalo e Quaresma com o marcador em branco, está tudo dito.
Mesmo assim, não lembra a ninguém atacar fisicamente o treinador, como fizeram alguns energúmenos. Mas a verdade é que quem semeia ventos...
1 Comentários a “Sobre o Rio Ave - Porto”
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Depois de ler aquilo que eu próprio escrevi no último parágrafo, convém adicionar mais dois pontos:
1 - Quando me refiro ao "que semeia ventos...", estou obviamente a referir-me à direcção da SAD, que apoiou e apoia claques dirigidas por mal-feitores;
2 - A não que este ataque seja parte de alguma estratégia para forçar a saída do treinador. Já nada me surpreende...