Partilho, no essencial, a opinião do Mário acerca deste caso criado a partir dos cartoons. A minha opinião, no entanto, vai um bocado além do repúdio.
Primeiro, um cartoon como este não é só insultuoso. É racista. Nem sequer podemos compará-lo com o cartoon do Papa com o preservativo no nariz, como tem sido abusivamente comparado. Esse tinha um contexto, e caricaturava um católico em particular, e não todos.
Segundo, estes cartoons foram publicados originalmente em Setembro do ano passado. Como eu não acredito em coincidências, pelo menos não a esse nível, ponho-me a pensar porque é que só fizeram este barulho todo quinze dias depois das eleições na Palestina. Depois deito-me a tentar adivinhar porque é que após as primeiras manifestações alguns muçulmanos entrevistados declaravam que não iam ligar nada ao assunto (enquanto outros já estavam indignados), mas agora os telejornais só mostram imagens dos tumultos. Por último, desconfio quando uma passeata com 15 mil pessoas é vendida como uma "mega-manifestação". Lembro que Jerónimo de Sousa juntou muito mais que isso no Pavilhão Atlântico.
Resumindo, eu não acredito que haja inocentes, nem de um lado nem do outro. E esta questão, infelizmente, não tem nada a ver com a liberdade de expressão. Estejamos atentos.

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