É uma tarefa ingrata julgar o 3º álbum dos EITS. Se fosse o álbum de estreia, não haveria qualquer dúvida que o resultado teria sido grandioso, a raiar o genial. Mas os EITS já fizeram um álbum grandioso - "The earth is not a cold dead place". Assim, o que se pode dizer de "All of a sudden i miss everyone"? Mais do mesmo? Um passo em frente? Ou dois atrás?
O confronto originalidade vs. criatividade já vem de muito longe, sem fim à vista. Muitas das críticas que lemos batem nos discos que continuam um estilo, caminho ou fórmula traçados nas obras anteriores. Eu, particularmente, penso que se a fórmula é bem pensada e bem executada, um ou dois álbuns não chegam, nem de perto nem de longe, para a esgotar. E é com pena que vejo às vezes as bandas tentarem soluções originais que só empobrecem o resultado final, ao invés de tentarem expandir os ganhos já capitalizados.
Este álbum é paradigmático neste sentido. OS EITS têm uma fórmula que resulta. Mas é caminho muito estreito. Diremos que o álbum aguenta-se especialmente nos momentos em que as duas guitarras deixam-se ficar um bocado para trás e o espectro sonoro é diferente. Especialmente na primeira parte de "It's natural to be afraid" e em "What do you go home to". No resto, não será por este álbum que os EITS serão lembrados, mas não é este o seu canto do cisne.
No confronto que citei acima, o meu veredicto final é: se ao final da audição a vontade for buscar o último álbum à prateleira, correu mal. Se quisermos ouvir outra vez o CD, correu bem. "All of a sudden i miss everyone" fica a meio-termo.

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