Fui vê-lo ontem, e fiquei bastante desapontado. Não é que estivesse à espera que Spielberg conseguisse fazer um bom filme, mas as críticas indicavam que sim. A verdade é que não conseguiu.
"Munich" é um filme indeciso. Não se resolve entre o documentário-pastiche, o suspense ou o dramalhão sentimental. Se as duas primeiras hipóteses ainda se conseguem aguentar de pé ao longo da projecção, a última arrasa com quaisquer chances que o produto final poderia ter. O que resulta é um filme arrastado, extremamente longo, e, no final, chatíssimo. Os últimos 20 minutos são uma autêntica tortura. Ainda mais quando nos apercebemos que são completamente desnecessários.
Eu gosto de subtilezas no cinema. Gosto de descobrir, gosto de especular. "Munich" não dá hipótese alguma. É tudo escarrapachado, tudo explicado até ao detalhe, tudo muito impessoal. Justifica-se o injustificável, e aquilo que não é preciso justificar. Junte-se a omnipresença do actor principal, (Eric Bana) e a completa inveracidade da sua interpretação e da própria acção do filme para o tornar um espectáculo dispensável.
Quem gostou muito de "Schindler's list" - mas mesmo muito; eu não achei nada de especial - pode apreciar "Munich". Para todos os outros, não aconselho.

1 Comentários a “"Munich"”

  1. # Blogger K

    Desconfio que tu não gostas dos filmes que eu gosto só para me arreliares.  

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