Um pouco envergonhada, é certo, que moções de censura propostas pelo BE não são coisas de fazer parangonas nem aberturas. Mas aconteceu, votou-se, e prontos!, já está.
Sobre o referendo, já opinei. Não mudei de opinião, como é óbvio. O tratado não é o mesmo? Pois claro que não, sr. eng., nisto não há qualquer dúvida. A ideia da promessa não passava por referendar os tratados europeus. Claro que sim. Mentira?, não, só um ligeiro engano.
A nota cómica de hoje foi dada pelo PSD e CDS. Censuraram, mas abstiveram-se. É verdade! O BE, o PCP e os Verdes votaram a favor, e eles abstiveram-se. Ainda há por aí alguns distraídos que dizem que o governo é "de esquerda". Olha se não fosse...

2 Comentários a “Hoje foi dia de moção de censura”

  1. # Anonymous Anónimo

    A questão é: para que serviu esta moção de censura? O BE queria mesmo que o Governo fosse demitido? Claro que não. O problema do BE e do PC é que vivem sempre no mundo do faz de conta. Como sabiam que a moção de censura nunca passaria resolveram fazer uma. Se o governo estivesse em minoria no parlamento e houvesse o perigo de a moção passar então nem se atreveriam.
    É o problema da tal "esquerda", da única, da exclusiva, da eminente esquerda. Que faz tudo e mais alguma coisa, que defende as coisas mais elevadas, desde, claro, que não tenha realmente de as pôr em prática.  

  2. # Blogger Alex

    Discordo.
    Em termos abstractos, se este argumento for levado às últimas consequências, quando for eleita uma maioria absoluta, podemos fechar o Parlamento.
    Neste caso em concreto, o BE considerou que foi quebrada uma das cláusulas do programa de Governo. Como sabes, os governos são eleitos para cumprir um programa acordado com os eleitores. Daí que a moção de censura seja o veículo correcto para fazer passar esta mensagem. Senão, entramos no "real politik" das conferências de imprensa e dos sound bytes. Mas o debate político a sério faz-se na Assembleia, onde o BE obrigou Sócrates a ir. E como vieram a público as pressões externas que o PM recebeu para não levar o tratado a referendo, penso que a posição do BE e do PCP foi correcta.
    Se o BE e o PCP vivem no faz-de-conta, o que é que dizes dos deputados do PSD Madeira, que declararam que, se não fossem obrigados à disciplina de voto, teriam votado a favor? Isto não é fazer de conta?  

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