O Bento, o Nené, o Pietra, o Bastos Lopes, o Humberto Coelho, o Veloso, o Álvaro, o Shéu, o Alves, o Diamantino, o Carlos Manuel, o Alhinho, o Toni, o Chalana… são estes os nomes que de repente me vêm à memória quando me tento recordar do primeiro Benfica que conheci, durante os anos 80. Independentemente de muitos outros que passaram e dos que vierem a passar pelo clube da Luz serão sempre estes os que ficarão mais fortemente marcados, serão sempre estes os que farão parte da mitologia.
A imagem que tenho do Bento, e que espero nunca perder, é a de um guarda-redes perto da insanidade, completamente louco, que rachou não sei quantas vezes a cabeça porque nunca tinha medo de ir às bolas e de se atirar aos pés dos avançados; um guarda-redes de grandes defesas, como os voos do Europeu 84; mas também fortemente temperamental (lembro-me bem de ele uma vez dar um murro ao Manuel Fernandes, depois deste o ter agredido na cabeça com os pés, sem querer).
O Bento morreu, caramba; morreu mesmo o Bento; e eu agora compreendo melhor o meu pai quando este se põe a contar histórias sobre os jogadores do seu tempo.

2 Comentários a “Morreu o Bento”

  1. # Blogger Cristina Caetano

    Não o conheci, mas achei interessante escreveres " rachou não sei quantas vezes a cabeça", é o mesmo dizer que vestia(emocionalmente) a camisa do time(da equipa). Bacana! :)
    Aliás sempre tive simpatia pelo Benfica e tenho um cachecol. Quem dera que mais jogadores tivessem "raça"(ou gana) em campo.
    bjo  

  2. # Blogger fernando_vilarinho

    Bento! Um dos meus ídolos de infância e adolescência. Com ele na Baliza pensava sempre que o Benfica estava seguro.  

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