Como diz o povo, não há fome que não dê em fartura. Se até agora os professores eram pouco vigiados, ou, por outras palavras, a tutela tutelava pouco, agora é isto.
Não é que não estivesse à espera, mas, mesmo assim, mandar o bom-senso às urtigas desta forma não pode dar bom resultado. Se até aqui as faltas dos professores não eram controladas, passar a penalizar assim quem dá o seu melhor, mas tem de faltar de vez em quando não é lógico, nem justo.
Eu já falei aqui do meu exemplo. Tenho uma filha com oito meses. É óbvio que eu não posso assegurar que terei 100% de assuidade nem neste ano, nem nos próximos. Um profissional que partir uma perna ou tiver que fazer uma cirurgia está arrumado. Isto não premeia mérito nenhum. Aliás, por mais voltas que dê à cabeça, não consigo perceber a validade destes critérios.
Bem, a titular já estou a ver que não chego. Vou passar o resto dos meus dias no banco dos suplentes...
2 comentários
Por Alex
às 22:51.
Não é que não estivesse à espera, mas, mesmo assim, mandar o bom-senso às urtigas desta forma não pode dar bom resultado. Se até aqui as faltas dos professores não eram controladas, passar a penalizar assim quem dá o seu melhor, mas tem de faltar de vez em quando não é lógico, nem justo.
Eu já falei aqui do meu exemplo. Tenho uma filha com oito meses. É óbvio que eu não posso assegurar que terei 100% de assuidade nem neste ano, nem nos próximos. Um profissional que partir uma perna ou tiver que fazer uma cirurgia está arrumado. Isto não premeia mérito nenhum. Aliás, por mais voltas que dê à cabeça, não consigo perceber a validade destes critérios.
Bem, a titular já estou a ver que não chego. Vou passar o resto dos meus dias no banco dos suplentes...
2 Comentários a “Agora é que eu nunca mais saio do banco”
Enviar um comentário
eu penso como tu. não sou exemplar neste assunto mas quando estou na sala de aula, independentemente de ser ou não uma grande professora, entrego-me completamente ao que faço e aos meus alunos. isso não é mais importante do que um professor que nunca falte e leve as aulas esquematizadas ao milímetro mas sem pingo de dádiva aos outros?a menos que seja um professor excepcional do ponto de vista científico.
O meu problema com estes critérios é ver que o Ministério está a tentar avaliar os professores por aquilo que é facilmente mensurável (número de faltas, número de horas de formação, formação académica, etc.), deixando para trás todo o verdadeiro trabalho que se faz nas escolas. É a questão de querer mudar as coisas a custo zero. Este ainda é só concurso para professor titular para quem já está no 10º escalão. Espero sinceramente que a avaliação contínua dos professores não siga por este caminho.