Os meus conhecimentos em matéria fiscal não me permitem dizer se Paulo Macedo, o actual e demissionário director-geral de Impostos, é insubstituível. Mas os argumentos da oposição para que ele não continue no cargo a auferir o vencimento que agora recolhe, deixem-me dizer, são uma tontice.
OK, Paulo Macedo ganha mais que o primeiro-ministro. Bolas, não faltam exemplos de pessoas em Portugal que ganham mais que Sócrates. Deixando de lado os futebolistas, qualquer gestor de uma grande empresa, muitos médicos, advogados e engenheiros ganham mais que o primeiro-ministro. E daí?
O que eu quero saber é se o director-geral de Impostos conseguiu fazer o que os seus antecessores não conseguiram: cobrar os impostos a quem não os quer pagar. Se não conseguiu, sim senhor, que venha outro. Se conseguiu, então, façam favor - paguem-lhe aquilo que ele merece, mas não deixem sair da função pública quem tem provas dadas de competência. Até porque tenho o palpite que o seu período no desemprego não vai ser longo.