Estranhamente, custou-me mais ouvir os nossos jogadores do que a derrota em si. Que sina teremos nós para não sermos capazes de aceitar uma derrota? É o árbitro, é a FIFA, é a retranca, é qualquer coisa menos os nossos erros e os méritos do adversário.
Por falar em erros, e sem tentar encontrar culpados, Scolari exagerou ontem. A teimosia na aposta em Costinha e Pauleta pagou-se logo. No lance do penalti, Costinha estava encostado à área e os franceses entraram pelo meio da nossa defesa como quiseram. Já Pauleta foi a nulidade do costume, até 15 minutos antes de ser substituído.
Outro factor estranho foram as substituições. Ninguém entende que, estando a perder, e depois de termos conquistado 10 metros de terreno aos franceses, o que começou a colocar Pauleta em jogo, o açoriano tenha saído e Ronaldo, que estava a ser o único a conseguir rasgar, tenha sido deslocado para o meio, onde apagou-se por completo. Depois, ao tentar emendar a mão, entrou Postiga... E a selecção deixou de jogar futebol.
No meio destes erros, os jogadores fizeram o que puderam. As pernas não deixaram a cabeça funcionar e a França aproveitou a sua oportunidade. Nada mais a dizer, a não ser que daqui a 4 anos há mais.


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