A pouca vergonha chegou a níveis insustentáveis, quando Rice foi a Beirute defender exactamente o contrário do que pedia há dois dias: um cessar-fogo urgente. Ou seja, depois de protelar uma decisão até que as linhas de comunicação e transporte libanesas estejam completamente arrasadas, os Estados Unidos "permitem" que Israel cesse a destruição do Líbano. O último balanço de vítimas é elucidativo: 373 mortos (declarados) libaneses - 35 israelitas.
Para mim é muito claro que este conflito legitima inteiramente a posição de países como o Irão, o Paquistão ou a Coreia do Norte. A cumplicidade da "comunidade internacional" (abstracção que significa, essencialmente, o interesse dos Estados Unidos da América), qualquer nação pode ser invadida, bombardeada ou destruida mais ou menos à vontade. Neste cada-um-por-si, só os países com armas de destruição maciça têm o poder de repelir invasores. Ou alguém julga que Israel estaria tão à vontade para atacar o Hezbollah se eles tivessem armas nucleares?
Perante a inoperância da União Europeia, do Japão e da Rússia, a guerra civil no Iraque e a invasão do Líbano, o que fazer? Olhem, é o salve-se quem puder, que a indústria da guerra e do petróleo estão esfomeadas e têm de ser alimentadas.

1 Comentários a “Líbano”

  1. # Anonymous Anónimo

    Best regards from NY! » »  

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