Já se adivinhava há dias o desfecho, e a equação era simples de resolver: os jornais queriam, Madaíl queria, Scolari queria, e ninguém lá fora o quer. Dois e dois ainda são quatro.
Com alguma boa vontade, concordo que de momento não é fácil encontrar um treinador que pegue na nossa selecção, ou em qualquer outra, já agora. Os treinadores de topo não querem selecções; até Lippi, campeão há uma semana, disse obrigado, mas quer trabalhar a sério. As selecções não são atractivas nem rentáveis. É uma espécie de consagração de carreira, ou início para treinadores sem currículo, como Van Basten, Klismann, ou agora, Donadoni. Assim, das duas uma: ou ficávamos com Scolari, que é caro, e não é grande coisa, mas é popular e não levanta ondas com os jogadores e os jornais; ou contentávamo-nos com um treinador sem experiências a sério (estilo Agostinho Oliveira), que seria contestado desde o momento em que fosse anunciado até sair pela porta pequena.
Embora eu continue a ter a convicção de que, com um treinador a sério, seríamos nesta altura campeões europeus (e quem sabe, mundiais), admito que as alternativas não seriam tão imediatas ou fáceis como eu gostaria que fossem. Então venham lá mais dois anos. Mas, por favor, sem Pauleta.

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