Assim não. Se eu digo mal do meu vizinho estou no meu direito. Mas se depois vou lhe pedir um pacote de arroz e ele vira-me a cara, não me posso queixar. Posso é mudar de casa ou de vizinhos.
Manuel Alegre candidatou-se às presidenciais contra a vontade do seu partido. Teve as suas razões, mas o mínimo que se lhe exigiria, falando de coerência, era que deixasse de ser filiado. Não o fez. Depois das eleições, esperava-se que ao menos deixasse de ser um dos vices da Assembleia, e passasse a independente. Mesmo assim, não estaria a ser completamente corecto, já que foi eleito deputado pelos eleitores do PS, não em nome individual. Mas também não o fez. E como ninguém o foi chatear, por lá continua, agarrado ao seu lugar.
Agora, passado um mês, voltar a criticar os colegas de bancada já é um bocado demais. Alegre não só está a fazer o papel de quem cospe no prato em que comeu. Ainda por cima volta a comer do mesmo prato e ainda reclama por não lho entregarem limpo.
Afinal, entre este e o homem do bolo rei a diferença não é muita...
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