Há exactamente um ano ficamos a saber que o PS tinha obtido uma maioria absoluta. Não seria nada difícil vaticinar que hoje estaríamos no exacto ponto em que estamos.
Se nas questões de pequena política existe alguma diferença, nas questões de fundo o Bloco Central permanece uno e indivisível. Estivesse Durão Barroso na cadeira e o efeito seria idêntico. E compreendo que, para a grande maioria dos portugueses, pareça bom que assim seja.
Ainda tenho esperanças que Sócrates consiga atacar o que é, para mim, o maior problema português - o sentimento de falta de justiça na sociedade. Enquanto a generalidade do povo continuar a pensar (e com razão, algumas vezes) que existem portugueses de primeira e de segunda, este mal-estar generalizado, este fado trágico que é a nossa imagem de marca não passa. Não falo só de justiça nos tribuinais. É a falta de justiça social, na igualdade de oportunidades e no acesso aos bens públicos que mina a verdadeira mudança que temos de operar - a mudança de mentalidades. E sem isso, nada feito.

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