Eu sei que isto que vou dizer é uma autêntica blasfémia para alguns amigos meus, mas aqui vai. Nunca gostei muito dos Pop Dell’Arte. João Peste pareceu-me sempre insuportavelmente pedante. E a música não ficou alheia a isto (é o meu lado preconceituoso, o que é que querem?). Seja com o for, como eles são uma das melhores bandas pop-rock portuguesas — o que até não é grande elogio face ao panorama relativamente medíocre do nosso pop-rock —, merecem ser recordados e recuperados. Vale sempre a pena ouvir canções como «Querelle», «Stranger than summertime», «My Funny Ana Lana», «Illogic Plastik», «Avanti Marinaio», «Mrs. Tyler».
A edição da compilação «Poplastik 1985-2005» é uma óptima oportunidade para isso. É o que tenho feito. Deixo para os meus camaradas da blogosfera que são fãs deles uma opinião mais qualificada acerca do disco, a mim parece-me que revela o registo algo desigual da banda, coisas boas com canções fracotes.

3 Comentários a “Poplastik 1985-2005”

  1. # Blogger Alex

    Eu não gosto muito deste rótulo - "para português até está bom". Ou a música é boa ou não é.
    Pop Dell'Arte e Mão Morta são os únicos nomes indiscutíveis do pop português. São os únicos que fizeram álbuns mesmo bons. Aqui ou em qualquer parte do mundo.
    "Free Pop" é um grande disco. Tive muita pena que João Peste tivesse desfeito os Pop Dell'Arte da altura e que se tenha convencido que seria genial sozinho. Não foi. A formação dos Acidóxi Bordel foi um desastre, e mesmo esta encarnação nova da banda não tem o charme dos anos 90. É que não se encontram Nunos Rebelos e Luíses San-Payos ao virar da esquina. Mas re-ouvir "Illogik Plastik" ou "Berlioz" é fantástico.  

  2. # Blogger Mário Azevedo

    repara que eu não utilizei esse rótulo. nunca o faria. o que eu disse é que «eles eram uma das melhor bandas pop-rock portuguesas».  

  3. # Anonymous Anónimo

    Mário não falo pra TI...durante... 15mim :P

    http://umpardebotas.blogs.sapo.pt  

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