Eduardo Pitta faz esta citação de Harold Bloom, do livro Where Shall Wisdom be Found?, 2004:

«O que divide deuses e homens, em Homero [...] são questões de classe, prestígio, poder, jamais de simples moralidade. O que chamamos de “religião pessoal” não existia para a maior parte dos gregos antigos.»

Isto é verdade tanto para os gregos como para os romanos, a quem fomos buscar a palavra religião (religio). Foram os cristãos que juntaram a moralidade à espiritualidade. Para os romanos a religião estava sobretudo ligada à cidadania. Um bom romano teria de prestar o culto aos deuses de Roma, aos seus antepassados e ao Imperador. Por isso, os cristãos foram perseguidos, por se recusarem a adorar outro Deus que não o absoluto, o Deus único.
Já para os judeus, a religião era omnipresente, dizia respeito a todos os aspectos da vida, morais ou não, regulamentando todo o comportamento dos indivíduos. Era uma religião, digamos ,“étnica”, que reflectia sobre o que se devia fazer para se ser um bom judeu.

2 Comentários a “Religião e moral”

  1. # Anonymous Anónimo
  2. # Anonymous Anónimo

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