O jogo foi muito pobre como espectáculo, mas muito interessante em situações para análise. E além disso, até que enfim uma equipa portuguesa ganhou uma partida sem jogar nada.
Eu não se Koeman já tomou consciência que ganhou por três motivos: muito trabalho defensivo, uma exibição miserável do Liverpool e uma vaca de todo o tamanho, que permitiu ao Benfica marcar um golo com dois (!!!) remates enquadrados à baliza - um de Petit, do meio campo e o golpe de cabeça de Luisão.
No primeiro motivo, podemos atribuir algum mérito ao treinador. É verdade que a equipa de Trapattoni sofria poucos golos, mas o Benfica da Liga dos Campeões tem-se caracterizado pela preocupação em não os permitir. A diferença é que Trapattoni aprecia o jogo defensivo e a retranca; Koeman é o protótipo do treinador que não confia na equipa - é um autêntico cagão. Mas vá lá, que pela primeira vez nesta época, segundo as minhas contas, ganhou um jogo em que alinhou com os 3-trincos-3. Teve de tirar um para lá chegar, mas fica o registo.
Ficou-me também a imagem daquilo que um treinador consegue fazer a uma equipa. Faltam 6 minutos para acabar o jogo, há um livre próximo da área adversária, há um empate, e os centrais não sobem até à área. Vi Karagounis aos gritos, a mandar os colegas para adiante. E deu golo.
Quanto ao Liverpool, nas imortais palavras de Gabriel Alves, fez um jogo "espesso"(?). Pareceu-me que Benitez foi surpreendido por Koeman. O espanhol montou a equipa para jogar em contra-ataque, e o Benfica deu-lhe a posse de bola. Não se conseguiram adaptar, adormeceram e perderam. Já deviam estar avisados: com os ingleses podemos nós bem.

2 Comentários a “As aventuras de Koeman, o cagão”

  1. # Anonymous Anónimo

    Tu e o Gabriel Alves fazem análises de futebol como eu nunca vi.

    Paulo  

  2. # Anonymous Anónimo
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