Pedir mais e melhor autoridade é hoje um delito de opinião. Quem o fizer é imediatamente invectivado com o estigma da saudade e com acusações de mau convívio com a “liberdade de Abril”.

Esta intolerância esquece o óbvio: “o poder em democracia tem de ser exercido sempre e só em absoluta obediência à lei e com plena transparência. A autoridade não se confunde com o autoritarismo e por isso que as autoridades democráticas não devem temer e antes fomentar a fiscalização da sua actuação (…)”. *

Eu acrescentaria algo mais: a compressão da autoridade democrática nos seus limites não significa, e nem sequer infere, abdicar do seu exercício. Pelo contrário, impõe-o.

Tudo isto é evidente. Então porquê tanta dificuldade em a aceitar?

* Germano Marques da Silva, Curso de Processo Penal, Volume II, Verbo.

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