Os Rádio Macau foram injustamente colocados, durante algum tempo, em pé de igualdade com excrescências como os GNR, Xutos e Pontapés e Delfins. Depois foram esquecidos, e depois relembrados, sem nunca terem alcançado o reconhecimento que merecem. São uma banda de referência do pop português, e fazem música honesta e sincera. "O rapaz do trapézio voador" navega entre algumas dos melhores momentos de desprendimento e leveza que a música portuguesa mostrou. "Hoje é a brincar", "Amanhã é sempre longe demais", "Só para matar o tempo" e outras são provas que eles justificavam mais. Na próxima semana o Blitz traz um CD de 1991, "Disco pirata", gravado ao vivo. É uma exelente oportunidade para repensar quem foram (são?) os Rádio Macau. A (re)descobrir.
(publicado em 09-02-2005)
1 Comentários a “Disco nº 3: Rádio Macau - "O rapaz do trapézio voador" (1989)”
Enviar um comentário
dizer que os GNR e os Xutos são excrescências é de uma injustiça tremenda. O grande mérito dos Radio Macau foi saber parar. se os GNR e os Xutos acabassem em 87, com o "Psicopátria" e o "Circo de Feras" seriam bandas de culto. Os GNR então têm canções incríveis com letras absolutamente geniais. Nunca em Portugal alguém escreveu letras tão boas como Rui Reininho nos seus bons velhos tempos.