A ONG "Reprieve" publicou um documento que relata, ao pormenor, o que já era de conhecimento público desde as denúncias da eurodeputada Ana Gomes. Vai mais longe, porque ao contrário das declarações imprecisas da deputada do PS, este relatório contém os nomes dos prisioneiros que foram enviados para Guantanamo com direito a passagem por Portugal.
Se o caso já era grave quando ouvimos falar disso pela primeira vez, a questão assume agora contornos ainda piores. Depois de se terem tornado do domínio comum alguns dos métodos de tortura utilizados em Guantanamo e em outras prisões do tipo espalhadas pelo mundo fora, é intolerável que o Estado português se tenha aliado a estas manobras.
É urgente que Jorge Sampaio diga se sabia disso e o que fez na altura. Assim como o Primeiro-Ministro de então (e o actual, já agora) e o ex-Ministro da Defesa, Paulo Portas. É imperioso esclarecer até que ponto estivemos metidos nisso.

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