Finalmente consegui ver "Inland Empire". No cinema, em ecrã grande, como deve ser, graças à "Sessão de Culto" do BragaShopping (muito, muito obrigado).
"Inland Empire" é brilhante. Poderia tentar descrever porquê. Mas além de ser incrivelmente difícil descrever o que nos pode acontecer durante a projecção de um filme como este, as palavras não lhe fazem qualquer justiça. Posso descrever, no entanto, o meu estado durante a experiência "Inland Empire"- hesitação, contemplação, medo, confusão, mais confusão, muita confusão, medo, medo, inquietação, medo, iluminação e satisfação. Não me lembro de outro filme em que tenha mantido as mãos crispadas e chegadas ao peito durante tanto tempo.
Não concordo nada com as leituras de hermetismo ou labirintismo acentuado da obra. A "história", se existe, está lá toda. Não a escrevo aqui porque não quero estragar a experiência a quem ainda não o viu e porque não sou pretencioso a ponto de afirmar que a minha realidade de "Inland Empire" é a realidade absoluta. Aliás, a maior marca de brilhantismo de "Inland Empire" é que a busca da "realidade individual" do filme é recompensada. Quem não encontrou a sua, não apreciou a experiência.
E Laura Dern está fantástica!

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