Por fim, a machadada final - o Porto, campeão em 05/06, teve neste mesmo ano um prejuízo de mais de 30 milhões de euros. Isto não é sustentável nem a curto, nem a médio, nem a prazo nenhum. Nem sequer é compreensível, olhando aos valores que o clube tem no plantel e às receitas que o clube pode(ria) gerar.
Este quadro é irreversível? Por agora não. Nem tudo tem sido mal feito na gestão das SAD. A aposta do Euro2004 foi ganha. Os grandes têm estádios modernos, com boas taxas de ocupação (Sporting 59%, Luz 72%, Dragão 83%). A aposta na formação continua a render bons frutos e o mercado brasileiro de jovens valores continua a ser uma aposta quase exclusiva dos clubes portugueses.
Mas a forma de gestão tem de mudar muito rapidamente. A questão da televisão (principalmente), do merchandising e do totobola não pode continuar a ser tratada por pessoas ligadas ao futebol, sem visão empresarial e sem capacidade negocial. O desafio do futuro será jogado nos próximos anos e é muito mais essencial que saber se um polaco assina pelo Porto ou Benfica.

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