Ricardo Costa fez a sua formação no Boavista, mas foi no FC Porto que mostrou toda a sua capacidade enquanto polivalente. Alinha a central, mas já fez de defesa-esquerdo, defesa-direito e até no meio-campo, e em todas estas posições mostrou sempre a sua falta de jeito para a função. Ou seja, é um autêntico polivalente - joga igualmente e regularmente mal em vários sítios. E mesmo assim, não é dispensado e até a um Mundial já foi. Desígnios do insondável, pensamos nós.
Lembrei-me hoje dele ao ouvir umas bocas que Manuela Ferreira Leite mandou ao Governo, a seguir ao pequeno-almoço. Ferreira Leite foi a ministra da Educação mais contestada de sempre. Quem não se recorda das manifestações anti-propinas e do baptismo da "geração rasca"? Saiu sem deixar qualquer saudade, mas ainda voltou para ser a pior ministra das Finanças da democracia. Conseguiu aquilo que parecia impossível até para os seus detractores. Herdou um buraco orçamental, desinvestiu, cortou nas despesas e deixou uma autêntica cratera no défice público. Feito que acredito que nem Manuel Pinho, deixado à solta, conseguiria. Incrivelmente, apesar das manifestas provas de incompetência, continua a contar para o PSD como uma das suas figuras de proa, possível futura líder do partido até.
Os remoques de Ferreira Leite fizeram-me sorrir. Pus-me a imaginar Ricardo Costa a chegar-se ao pé de outro Ricardo, o Quaresma, a dizer qualquer coisa como "... ó Quaresma, a trivela não é assim que se faz, anda aqui que eu já te ensino..."

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