Ainda não me esqueci que Paulo Portas, na noite eleitoral de 20 de fevereiro de 2005, declarou que "em nenhum país civilizado os trotskistas estão a um ponto percentual dos democratas-cristãos", demonstrando, entre outras coisas, mau-perder, falta de capacidade de análise e falta de educação, já que a mãezinha não lhe ensinou que chamar "incivilizados" aos outros não é bonito.
Apenas 2 anos depois cá está ele de volta, e faz um fumo do caraças. Mas vamos lá a ver bem as coisas. Se em 2005, no rescaldo de 2 anos bem instalado como ministro, no fim de se ter safado das trapalhices de Santana Lopes, no auge da sua exposição mediática, Portas só arranjou 7,2%, agora, com o CDS no estado em que está, quanto vale? 4%, 5%? Eu acho que é muito fumo para tão pouco fogo.
Eu estive a ler o que escrevi em 21/02/2005:
«Inacreditáveis declarações de Paulo Portas - "... em nenhum país civilizado os trotskistas estão a apenas um ponto dos democratas-cristãos". Dou de barato que Portas queria dizer "desenvolvido", e não "civilizado". Se não foi, que venha explicar o que quer dizer "país civilizado". Mesmo assim, isto é praticamente um insulto às pessoas do BE e aos que nele votaram, que por esse raciocínio, só podem ser "incivilizados". Para quem esteve toda a campanha a falar do "ar de superioridade" de Louçã, isto só pode ser explicado por uma azia monumental ou mau feitio.Também inacreditável é que ninguém (que eu tenha lido/ouvido) pronunciou-se sobre esta frase. Pelo contrário, foram todos unânimes em considerar as declarações "dignas". Os que foram tão ávidos a agarrar no "sorriso da criança" de Louçã estiveram calados... Enfim, é verdade que a maior parte das pessoas (eu incluído) só ouve bem aquilo que lhe interessa. E, ainda mais importante, todo defunto é boa pessoa.»
Parece que só me enganei no "atestado de óbito"...

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