"Isto é My Bloody Valentine!"
Foi o Mário que o disse quando lhe mostrei o EP "Silver", lançado no ano passado pelos Jesu, o alter-ego de Justin Broadrick. É engraçado, mas nunca me tinha ocorrido que Broadrick tivesse chegado ao shoegazing, depois de ingressar no hardcore (Napalm Death), passar pelo indie metal (Head of David) e ter praticamente inventado o metal industrial (com os Godflesh, uma das minhas bandas de referência do início dos anos 90).
Mas é assim. De onde não se esperava, e de uma forma muito pouco ortodoxa, os Jesu fazem o que tentaram os Ride, Telescopes, e mais um punhado de bandas - criar um sucessor para "Loveless", o derradeiro golpe de génio dos MBV. E se "Silver" apontava nesta direcção, "Conqueror" é ainda mais aparentado das guitarras vastamente distorcidas mas melodicamente concertadas do shoegazing, e a voz de Broadrick surge limpa, melancólica mas não lamentosa, a amparar grandes canções pop-metal como "Conqueror", "Transfigure" e "Medicine".
Embora haja momentos menos conseguidos de casamento entre a forma e o conteúdo dos temas, "Conqueror" será um dos álbuns do ano. E sendo apenas o segundo longa duração dos Jesu, ainda podemos contar com muito mais.
Foi o Mário que o disse quando lhe mostrei o EP "Silver", lançado no ano passado pelos Jesu, o alter-ego de Justin Broadrick. É engraçado, mas nunca me tinha ocorrido que Broadrick tivesse chegado ao shoegazing, depois de ingressar no hardcore (Napalm Death), passar pelo indie metal (Head of David) e ter praticamente inventado o metal industrial (com os Godflesh, uma das minhas bandas de referência do início dos anos 90).
Mas é assim. De onde não se esperava, e de uma forma muito pouco ortodoxa, os Jesu fazem o que tentaram os Ride, Telescopes, e mais um punhado de bandas - criar um sucessor para "Loveless", o derradeiro golpe de génio dos MBV. E se "Silver" apontava nesta direcção, "Conqueror" é ainda mais aparentado das guitarras vastamente distorcidas mas melodicamente concertadas do shoegazing, e a voz de Broadrick surge limpa, melancólica mas não lamentosa, a amparar grandes canções pop-metal como "Conqueror", "Transfigure" e "Medicine".
Embora haja momentos menos conseguidos de casamento entre a forma e o conteúdo dos temas, "Conqueror" será um dos álbuns do ano. E sendo apenas o segundo longa duração dos Jesu, ainda podemos contar com muito mais.
2 Comentários a “Jesu - "Conqueror"”
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Alexandre-man, uma questão (im)pertinente: andar a ouvir Jesu (uma derivação do génio dos My Bloody Valentine ou dos Godflesh)não será uma tentativa vã da tua parte em negar a evidência que eu já aceitei? Aqui vai, estás velho pá.
Aquilo que é evidente não carece de confirmação.