Numa daquelas pequenas-grandes ironias em que o futebol é pródigo, a nossa melhor exibição em toda a prova foi acompanhada pela derrota mais categórica.Terá razão Scolari, quando abdica de jogar futebol para tentar ganhar jogos? Não sei. O jogo não dá respostas a tudo.
Finalmente Deco deu um cheirinho do seu futebol, por fim vimos jogadas de combinação atacante a resultar em oportunidades de golo (falhadas), afinal conseguimos ver a selecção aproveitar toda a largura do terreno. Jogámos bem, sim senhor; ainda não um grande jogo, mas bom. E parecia que o destino de uma boa exibição teria de ser inevitavelmente a derrota.
Mas também finalmente sofremos golos em remates de fora da área (e logo 3), daqueles em que a defesa não tem grande culpa; e até Ricardo deu um ar da sua graça, com o franguinho da ordem, que acabou por ser decisivo para o jogo.
Bem disse ontem um futeboleiro no "Biqueiradas", da SIC: o desempenho da selecção é ainda mais fabuloso porque jogámos todo o campeonato com 10 jogadores e um meco à frente; por vezes só com 9 (o meco à frente e um tronco adiante dos centrais). A teimosia pode ser por vezes confundida com perseverança ou com fé; nesta selecção, ou é burrice ou sacanice. Mas como disse muito bem ontem o meu amigo Rui, Nuno Gomes não podia jogar - vejam lá se o homem joga de início e marca dois ou três golos!!! O que é que diríamos depois?
No tempo que ainda vai mediar a nossa próxima participação numa competição, temos um grande problema para resolver: não temos pontas de lança. Eu sugiro Liedson.


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