Um post que coloquei há duas semanas teve óptimas contribuições nos comentários. Ainda temos pessoas muito preocupadas com o rumo que o ensino leva.
A discussão do Estatuto da Carreira Docente trouxe o ensino de volta aos telejornais, mas infelizmente têm sido discutidos aspectos marginais da questão principal: que tipo de ensino queremos?
Para mim, o tema mais preocupante e importante passa pela reviravolta na orientação política que os cursos dos ensinos Secundário e Superior têm tomado. Para quem não sabe, temos um Ensino Secundário com currículos que eu penso serem únicos (ou quase) na Europa. O nosso currículo apela à formação do cidadão em todas as áreas de competência. Reparem que as disciplinas obrigatórias no Secundário são Português, Língua Estrangeira, Filosofia, Educação Física e TIC (Informática). Não sei de outro país que privilegie desta forma a formação física e do espírito em detrimento da formação científica ou profissional.
O que se passa é que a Europa não caminha no mesmo sentido. A Alemanha, recorrentemente apontada como exemplo pelas estruturas secundárias do Ministério da Educação, tem 78% de alunos no nível secundário em cursos profissionais. Nós, juntando cursos profissionais e tecnológicos, não chegamos aos 20%. Ou seja, na visão dos burocratas, enquanto os europeus ricos andam a aprender a soldar fios e a martelar pregos, nós andamos entretidos a jogar à bola e a ler Platão.
(continua)
3 comentários
Por Alex
às 22:10.
A discussão do Estatuto da Carreira Docente trouxe o ensino de volta aos telejornais, mas infelizmente têm sido discutidos aspectos marginais da questão principal: que tipo de ensino queremos?
Para mim, o tema mais preocupante e importante passa pela reviravolta na orientação política que os cursos dos ensinos Secundário e Superior têm tomado. Para quem não sabe, temos um Ensino Secundário com currículos que eu penso serem únicos (ou quase) na Europa. O nosso currículo apela à formação do cidadão em todas as áreas de competência. Reparem que as disciplinas obrigatórias no Secundário são Português, Língua Estrangeira, Filosofia, Educação Física e TIC (Informática). Não sei de outro país que privilegie desta forma a formação física e do espírito em detrimento da formação científica ou profissional.
O que se passa é que a Europa não caminha no mesmo sentido. A Alemanha, recorrentemente apontada como exemplo pelas estruturas secundárias do Ministério da Educação, tem 78% de alunos no nível secundário em cursos profissionais. Nós, juntando cursos profissionais e tecnológicos, não chegamos aos 20%. Ou seja, na visão dos burocratas, enquanto os europeus ricos andam a aprender a soldar fios e a martelar pregos, nós andamos entretidos a jogar à bola e a ler Platão.
(continua)
3 Comentários a “O Ensino Profissional”
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Trapalhadas!!!
http://maistopas.blogspot.com/
menos mal seria pelo menos apostar + em cursos profissionais de qualificação intermédia: pasteleiros, mecânicos, técnicos de som, etc...; e no Politécnico que o J. H. Saraiva criou em 68.
Claro que ninguém quer investir money para maior aposta nas Ciências Exactas, Naturais e Tecnológicas, e tb aí o insucesso escolar durante os 1os anos de mundança saltaria demasiado à vista dos outros, que afinal somos nós todos !
Portugal, só a curto, minímo prazo! e enquanto há prazo.
de mudança saltaria...