Uma nota prévia: eu nunca li, nem tenho tenções de ler, qualquer livro do José Rodrigues dos Santos. Por preconceito, não interessa: há tantos livros em lista de espera que não posso perder tempo com uma obra que à partida sei que não vou gostar.
Agora, directo ao assunto. A entrevista feita por João Bonifácio ao pivô da RTP é uma sacanice. Há claramente desonestidade do jornalista do Público. Está cheia de rasteiras e perguntas subtis (ou até nem tanto) feitas para encurralar o entrevistado. Vejam só estes exemplos (retirei as questões mais curtas, embora em algumas longas seja mais evidente essas subtilezas):
– «Há páginas e páginas de explicitação de conceitos. O livro parece ter sido criado a pensar no português médio.»
– «As flores vão ser chaves de interpretação. Isto é um truque típico da narrativa policial: fazer do “hobby” de um personagem uma chave de leitura.»
– «Não está um pouco fora do tom do personagem a reacção intempestiva que tem com o marido? Em que não conversam sequer?»
– «A sedutora é sueca, o professor de filosofia é pomposo, o israelita carrega nos erres, quando fala inglês. Isto não são imagens fáceis, que irão ao encontro de imagens feitas?»
4 comentários
Por Mário Azevedo
às 16:24.
Agora, directo ao assunto. A entrevista feita por João Bonifácio ao pivô da RTP é uma sacanice. Há claramente desonestidade do jornalista do Público. Está cheia de rasteiras e perguntas subtis (ou até nem tanto) feitas para encurralar o entrevistado. Vejam só estes exemplos (retirei as questões mais curtas, embora em algumas longas seja mais evidente essas subtilezas):
– «Há páginas e páginas de explicitação de conceitos. O livro parece ter sido criado a pensar no português médio.»
– «As flores vão ser chaves de interpretação. Isto é um truque típico da narrativa policial: fazer do “hobby” de um personagem uma chave de leitura.»
– «Não está um pouco fora do tom do personagem a reacção intempestiva que tem com o marido? Em que não conversam sequer?»
– «A sedutora é sueca, o professor de filosofia é pomposo, o israelita carrega nos erres, quando fala inglês. Isto não são imagens fáceis, que irão ao encontro de imagens feitas?»
4 Comentários a “A entrevista a José Rodrigues dos Santos”
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O NOSSO JORNALISMMO É ASSIM, SÓ SACANAS ....
... afinal a democracia nao e democracia, e afinal uma ditadura!
ok, voces mandam!
margarida
O João Bonifácio pode arrasar o livro à vontade. Mas numa entrevista acho mal. O leitor é que deve fazer essa avaliação, ao ler o que autor respondeu.
Lol
margarida