Despediu-se hoje dos courts de ténis um grande campeão. Sempre gostei de acompanhar os torneios, em especial na terra batida, e lembro-me perfeitamente de ver, há 11 anos, um jovem desengonçado a bater sucessivamente os anteriores campeões em Roland Garros até ser coroado campeão em Paris, feito que repetiu em 2000 e 2001, tornando-se para sempre um dos maiores de sempre no piso vermelho.
Mas Guga foi muito mais do que um dos melhores tenistas da sua geração. Além dos 20 torneios de singulares que ganhou, espalhou simpatia e desportivismo por todo o mundo. Tranformou-se mesmo num dos símbolos do fair-play e do amor pelo desporto. Aquela cara de menino e a garra e a alegria que punha no jogo atraía multidões, como em Lisboa, no Masters de 2000, em que derrubou Agassi e Sampras - um dos poucos tenistas que o conseguiu fazer no mesmo torneio.
Guga chorou hoje no court central de Roland Garros, terminando uma carreira marcada por grandes momentos, mas também por muito sofrimento, resultado das sucessivas lesões que o perseguiram desde 2001. Mas terminou como um grande campeão e como um exemplo. Foi um campeão puro. E é um menino feliz.

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