A curiosidade levou a melhor, e fui ver o filme-concerto em 3D.
Começando pelo 3D, a tecnologia é realmente impressionante. Eu já tinha tido algumas experiências com imagens a 3 dimensões, mas a sensação é bastante diferente. É mesmo preciso ir a um cinema para saber como é.
Prosseguindo para o filme, como documento da banda é pobre, em alguns casos roçando a indigência. Quase todo o filme é centrado na actuação da banda, com a única excepção da captação de "The fly", em que são explorados efeitos digitais diversos e a montagem está muito bem conseguida. É necessário esperar mais de 1 hora para ver estes 5 minutos de brilhantismo.
Finalmente, o concerto. Os U2 são atingiram a irrelevância musical, mas parece que não o perceberam. Ou então fazem de conta. A escolha de "Vertigo" para abrir o filme-concerto é particularmente desanimadora - deve ser uma das piores músicas dos U2. No resto, a actuação é burocrática, sem chama nem génio. Passa-se pior em alguns momentos - "Miss Sarajevo", uma cançoneta anémica; "Pride", que começou a marcar o início do fim dos U2 enquanto força criadora; e o arremedo de "With or without you", em que até Bono se vê obrigado a gritar com os colegas da banda para atiçar um poucochinho o lume. Salvam-se as dinossáuricas canções de "Boy", mas a lembrança foi-me logo para o concerto de Red Rocks, retratado em "Under a blood red sky", em que sem 3D e sem estéreo, sentimo-nos muito mais "dentro".
Vale a pena ver um filme em 3D? Sim, sem dúvida. Mas escolham outro. Este concerto-filme é entediante. Só para fanáticos dos irlandeses.
Começando pelo 3D, a tecnologia é realmente impressionante. Eu já tinha tido algumas experiências com imagens a 3 dimensões, mas a sensação é bastante diferente. É mesmo preciso ir a um cinema para saber como é.
Prosseguindo para o filme, como documento da banda é pobre, em alguns casos roçando a indigência. Quase todo o filme é centrado na actuação da banda, com a única excepção da captação de "The fly", em que são explorados efeitos digitais diversos e a montagem está muito bem conseguida. É necessário esperar mais de 1 hora para ver estes 5 minutos de brilhantismo.
Finalmente, o concerto. Os U2 são atingiram a irrelevância musical, mas parece que não o perceberam. Ou então fazem de conta. A escolha de "Vertigo" para abrir o filme-concerto é particularmente desanimadora - deve ser uma das piores músicas dos U2. No resto, a actuação é burocrática, sem chama nem génio. Passa-se pior em alguns momentos - "Miss Sarajevo", uma cançoneta anémica; "Pride", que começou a marcar o início do fim dos U2 enquanto força criadora; e o arremedo de "With or without you", em que até Bono se vê obrigado a gritar com os colegas da banda para atiçar um poucochinho o lume. Salvam-se as dinossáuricas canções de "Boy", mas a lembrança foi-me logo para o concerto de Red Rocks, retratado em "Under a blood red sky", em que sem 3D e sem estéreo, sentimo-nos muito mais "dentro".
Vale a pena ver um filme em 3D? Sim, sem dúvida. Mas escolham outro. Este concerto-filme é entediante. Só para fanáticos dos irlandeses.
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