6. Jesu - "Conqueror"
De onde não se esperava, e de uma forma muito pouco ortodoxa, os Jesu fazem o que tentaram os Ride, Telescopes, e mais um punhado de bandas - criar um sucessor para "Loveless", o derradeiro golpe de génio dos MBV. E se "Silver" apontava nesta direcção, "Conqueror" é ainda mais aparentado das guitarras vastamente distorcidas mas melodicamente concertadas do shoegazing, e a voz de Broadrick surge limpa, melancólica mas não lamentosa, a amparar grandes canções pop-metal como "Conqueror", "Transfigure" e "Medicine".
7. The Battles - "Mirrored"
Os Battles foram classificados como prog, o que lhes daria direito a alinhar com gente como Tortoise ou Silver Mt. Zion. Mas “Mirrored” não é nada semelhante a qualquer outro registo que já tenha vindo a luz com este rótulo. Pelo contrário, enquanto a maior parte do que qualificamos como prog desenrola-se num crescendo medido milimetricamente, “Mirrored” é, maioritaritariamente, o caos dançável.
8. Low - "Drums and guns"
Para uma banda com 15 anos, não é fácil encontrar sempre novos caminhos. Por vezes, a opção é aumentar - convidados, instrumentos e efeitos. Os Low foram no caminho inverso - despiram as canções, quase até ao minimalismo. "Drums and guns" é um álbum rock com pouca guitarra, pouca bateria e uma vozinha pequenina. O melhor da banda? Para mim é.
9. Of Montreal - "Hissing fauna, are you the destroyer?"
A música pop produz por vezes fenómenos tão dificilmente classificáveis que por vezes força ao seu descarte. Talvez tenha sido por isso que “Hissing fauna…” tenha passado tão em branco há um ano. As melodias dos Of Montreal são do tipo assobiável e os refrões ganchudos agarram. Mas há qualquer coisa esquizofrénica nos arranjos e nas vozes, que no seu melhor soam à grandeza dum cruzamento improvável entre os Flaming Lips e os Shins. E no seu pior lembram Mika.
10. Nina Nastasia & Jim White - "You follow me"
"You follow me" é um herdeiro das últimas produções de Nastasia. É forte, directo e, embora as canções se apoiem numa base melódica-vocal coerente, nunca parece arrastar-se ou debruçar-se sobre si mesmo. A bateria de Jim White dá um toque diferente a estas canções insuspeitas. É o pequeno toque de génio que dá asas ao álbum.

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