O Mário picou-me ontem, no final do jogo do Porto, a dizer que eu estava todo roído para me atirar ao Jesualdo. Maldade, Mário! Eu nem tenho sido tão crítico do Jesualdo nesta época como fui na passada. Acho mesmo, ao contrário dos meus colegas de blog, que com estes jogadores não é possível fazer melhor.
Quanto ao jogo em si, foi evidentemente fraco. Evidentemente porque um Porto de bom nível não perderia com o Schalke 04. Mas tem duas atenuantes: o relvado, que estava péssimo e não permitia jogar apoiado, como o Porto tem feito; e o golo aos 4 minutos.
A questão do relvado é recorrente, e já escrevi mais que uma vez sobre isto. Não compreendo como a UEFA se preocupa com tantas questões importantes, mas laterias ao jogo, e deixa passar um aspecto essencial para a qualidade do espectáculo, como saber se a bola rola ou anda aos saltos. Para uma equipa que quer trocar a bola não pode haver pior que um terreno incerto como aquele. Era melhor jogar num pelado. Pelo menos não haveria tantos buracos.
O golo a abrir também condicionou muito. Não tenho dúvidas que se o jogo fosse na fase de grupos, em que perder por 1 ou por 5 é indiferente, a resposta do Porto teria sido outra. Mas aquela barraca do Helton logo a abrir deixou-nos sem capacidade para arriscar, porque um 2º golo complicava demasiado. E como o Schalke foi progressivamente morrendo no jogo, também o desafio se foi arrastando. É claro que perder fora é mau. Mas 1-0 não é nada definitivo.

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