Se não fosse comigo, seria cómico.
A Bia resolveu dar um ar de sua graça às 2 e mais da manhã. Chora um bocadinho e eu vou lá. Tento acalmá-la durante alguns minutos. Sem efeito. Vai a mãe e eu volto para a cama. Passados mais uns largos minutos sem que a rapariga se calasse, chega o momento da grande decisão. Quem é que não vai dormir hoje? Tocou a mim.
Deito-me na cama ao lado do berço com a petiza aos berros. E aos berros ficou, além de espernear e agitar os braços. Cansado de levar pontapés e chapadas, com os ouvidos feitos num oito, por volto a colocá-la no berço. Bingo! Acalmou-se. Deveriam ser umas 3.15.
O que se seguiu foi um sketch digno dos Monty Phyton. Imaginem a cena. Eu estou de T-shirt e boxers, com a luz acesa, em pé ao lado do berço. Eu olho fixamente para a minha filha e ela para mim. Não dizemos os dois uma palavra. Se a tento cobrir com uma manta, berra. Se apago a luz, berra também. Se lhe toco ou me afasto para me sentar na cama, idem aspas.
Segue este jogo durante uma hora (é verdade, uma hora) pelo menos, em que a espaços ela parece que vai adormecer, mas faz uma finta de corpo, vira-se e volta a fixar-me o olhar. Pelo menos duas vezes penso que ela já está a dormir, mas basta dar um passo para trás e apercebo-me do engano.
Ao fim deste tempo todo, a Bia adormece, mas eu, petrificado de medo que ela volte a acordar, deixo-me ficar ainda mais um bocado ali, em pé, cheio de frio e já com dores nas costas e nas pernas. Por fim, lá consigo tapá-la com a manta, dar dois passos para o lado, apagar a luz e deitar-me muito devagarinho e mesmo ali ao pé, não fosse o diabo tecê-las.
Imaginem como é que passei hoje o dia...
A Bia resolveu dar um ar de sua graça às 2 e mais da manhã. Chora um bocadinho e eu vou lá. Tento acalmá-la durante alguns minutos. Sem efeito. Vai a mãe e eu volto para a cama. Passados mais uns largos minutos sem que a rapariga se calasse, chega o momento da grande decisão. Quem é que não vai dormir hoje? Tocou a mim.
Deito-me na cama ao lado do berço com a petiza aos berros. E aos berros ficou, além de espernear e agitar os braços. Cansado de levar pontapés e chapadas, com os ouvidos feitos num oito, por volto a colocá-la no berço. Bingo! Acalmou-se. Deveriam ser umas 3.15.
O que se seguiu foi um sketch digno dos Monty Phyton. Imaginem a cena. Eu estou de T-shirt e boxers, com a luz acesa, em pé ao lado do berço. Eu olho fixamente para a minha filha e ela para mim. Não dizemos os dois uma palavra. Se a tento cobrir com uma manta, berra. Se apago a luz, berra também. Se lhe toco ou me afasto para me sentar na cama, idem aspas.
Segue este jogo durante uma hora (é verdade, uma hora) pelo menos, em que a espaços ela parece que vai adormecer, mas faz uma finta de corpo, vira-se e volta a fixar-me o olhar. Pelo menos duas vezes penso que ela já está a dormir, mas basta dar um passo para trás e apercebo-me do engano.
Ao fim deste tempo todo, a Bia adormece, mas eu, petrificado de medo que ela volte a acordar, deixo-me ficar ainda mais um bocado ali, em pé, cheio de frio e já com dores nas costas e nas pernas. Por fim, lá consigo tapá-la com a manta, dar dois passos para o lado, apagar a luz e deitar-me muito devagarinho e mesmo ali ao pé, não fosse o diabo tecê-las.
Imaginem como é que passei hoje o dia...
2 Comentários a “Uma noite na vida de um pai”
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É só rir, Alexandre! Uma cena verdadeiramente surreal, sem dúvida digna de um pisodio dos Monty Pitons... É duro ser pai!
deixa lá Alex....pode ser sempre pior....mas não há dúvidas que a nossa biinha tem um feitio muito próprio....pensa assim....se ela já é assim agora, pensa como é k ela irá ser daki a uns anitos!!!!!