Já que não há Constituição, serve um Tratado? Parece que foi assim que os governos da UE pensaram. E assim maquinaram, engendraram e assinaram um tratado anunicado com muita satisfação (e champanhe, como se pode ver na televisão).
Muito bem apanhado pelos Gato Fedorento o detalhe (!?!) do contentamento não ter sido acompanhado de esclarecimento. Afinal, sabemos de que trata o Tratado? E ainda mais importante, interessa-nos saber?
A questão europeia não pode morrer na organização política, na união económica, na ausência de fronteiras, no euro ou numa política de defesa comum. Como alguém disse, e não me recordo quem foi, "a Europa tem de ser uma Europa social, ou não será Europa nenhuma". O tratado de Lisboa nada adianta à Europa social, aquela ideia que transformou muitos nacionalistas (dos verdadeiros) em europeístas. Desculpem, Barroso, Sócrates, Prodi & Cia. Lda., mas isso não chega. Que metam os referendos na gaveta, ainda vá. Mas não se esqueçam que do lado de fora do pavilhão estavam 200 mil pessoas, muitas mais que lá dentro.
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