Depois de anos e anos a bater nesta tecla e nas outras todas, voltamos ao mesmo sítio. Reabre-se a discussão da localização do novo aeroporto da capital, com o patrocínio envergonhado, mas assumido, do Presidente da República.
Eu, como os outros portugueses que não vivem no círculo de influência directa de Lisboa, estou farto do assunto. Até a ponta dos cabelos. E o que é pior, não há fim à vista. A teimosia deste governo nesta matéria só é equiparada pela inconsequência dos anteriores, que andaram a cozer o galo em lume brando. Ora, cozer um galo em lume brando é coisa que só faz quem não sabe cozinhar ou não tem fome.
O que é que eu acho que o governo deveria fazer? Aliás, o que já deveria ter feito? Primeiro, mandar calar o Mário Lino, que já está a concorrer com Manuel Pinto no número de disparates deitados pela boca fora; acrescentar os relatórios que parecem existir, e que sugerem outra localização, aos já existentes no sítio do Ministério das Obras Públicas; criar uma comissão técnica em conjunto com a oposição; decidir de uma vez por todas.
Insistir na mesma pachorrice de acusações no Parlamento e desertos é que não. Já chega e nós não somos camelos.
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