Nunca fui um grande fã dos Divine Comedy. Aquele tom operático de Neil Hannon, misturado com a excessiva orquestração, fez-me sempre recordar os espectáculos da Broadway, o que me impedia de dar a devida atenção aos seus discos. Não sei bem porquê – talvez por me apetecer ouvir qualquer coisa pop agradável, talvez – quando soube que tinham um novo álbum, tive vontade de o ouvir.
Descontando as minhas habituais reservas, "Victory for the Comic Muse" parece-me mesmo assim um disco mediano. Pop britânico bem feito, sem dúvida, daquele que se ouve com prazer, revela, contudo, pouca inspiração.
As canções de que mais gostei foram A Lady os a Certain Age (esta é muito boa) e To Die a Virgin. A propósito, a canção The Plough representa tudo o que nunca suportei nesta banda. Andrew Lloyd Webber não faria melhor.
3 comentários
Por Mário Azevedo
às 15:32.
Descontando as minhas habituais reservas, "Victory for the Comic Muse" parece-me mesmo assim um disco mediano. Pop britânico bem feito, sem dúvida, daquele que se ouve com prazer, revela, contudo, pouca inspiração.
As canções de que mais gostei foram A Lady os a Certain Age (esta é muito boa) e To Die a Virgin. A propósito, a canção The Plough representa tudo o que nunca suportei nesta banda. Andrew Lloyd Webber não faria melhor.
3 Comentários a “Victory for the Comic Muse”
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Permita-me discordar. Este álbum é bem melhor do que o anterior "Absent Friends" e está ao nível do "Fin de Siécle". Um cheirinho à pop dos anos 70 (Abba), mais um pouco de vaudeville e cabaret e muita ironia, para uma visão da vida carregada de ironia e referências pouco comuns, como em "Arthur C. Clarke's Mysterious World. "A Lady of a Certain Age" é, realmente, fantástica, um cocktail de melancolia e cinismo, para ser consumido ao fim da tarde. "Your husband’s hollow heart gave out one Christmas day/He left the villa to his mistress in Marseilles/And so you come here to escape your little flat/Hoping someone will fill your glass and let you chat about how...".
como eu disse, é preciso sempre descontar as minhas habituais reservas. mas admito que o melhor de "Victory for..." é essa ironia que percorre o disco todo e que agora, depois de o ouvir mais vezes, me vou apercebendo.
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