Há alturas em que parece que a discussão de ideias se passa quase no palno do surrealismo. Na última semana, em duas situações muito distintas, esqueceu-se o essencial e inflamou-se o acessório.
Freitas do Amaral, como referi no último post, foi ao Parlamento afirmar que sim, senhor, apoiamos a invasão do Irão, haja ou não razões para isso, assim o queiram os misters Blair ou Bush, ou quem quer que nos comande a tal. Saiu quase incólume.
Vem, entretanto, uma entrevista em que o Ministro revela-se "cansado" do trabalho, e é o terramoto. Editoriais de jornais, partidos da oposição, o meu vizinho, todos clamam contra o Ministro cansado.
Ronald Koeman conseguiu a proeza de não conseguir colocar o melhor plantel português a jogar um só desafio a bom nível em uma época inteira. O presidente e o director desportivo apressam-se a confirmar a sua continuidade na próxima época.
Mas afirma que os golos do Sporting em Vila do Conde foram "cómicos" (e foram) e cai-lhe em cima metade do país desportivo. Mete-se tudo ao barulho para assassinar a carreira do holandês, não venha o PSV salvar-lhe a pele.
Não poderíamos falar de coisas sérias?

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