Conclusão da crónica do Leonel, iniciada ontem:
"Terminou a 1.ª prova do mundial de Formula 1, gostei muito do que vi. Voltamos a encontrar emoção, ultrapassagens no limite, travagens extremas, pilotos a defenderem as suas posições, guerras de estratégias, problemas nas boxes e vários pilotos a disputarem as suas posições, para chegarem um lugar mais à frente.
O Alonso venceu, e venceu bem; partiu do quarto lugar, sempre no encalço do alemão Michael Schumacher. Secundado por este nos dois primeiros terços da corrida, no seu último pit stop, o espanhol Fernando Alonso mostrou garra, a garra com que se fazem os verdadeiros campeões, quando, no fim das boxes ao regressar à pista, entrou nesta e, com frieza, não teve medo ao lado do alemão, que trazia a vontade de ser vencedor e tornar a ser campeão (oitavo título), não se intimidou, ficando por dentro na curva, impedindo a ultrapassagem e lá foi ele. Ouvimos a sua comunicação através da rádio a agradecer à sua equipe, pois foram estes que lhe permitiram ganhar este grande prémio. Depois segurou bem o primeiro lugar, apenas permitindo que Schumacher se aproximasse quando teve de dobrar pilotos mais retardatários (vimos o nosso Tiago Monteiro, em primeiro plano, quando estava entre os dois campeões).
Os Renault estiveram bem, mas agora, com todas estas alterações técnicas que aproximam muito as equipes da frente (com recursos financeiros inesgotáveis, ou quase) a competição e a emoção voltou. Se assim não fosse, não veríamos o Ferrari a lutar com o Renault, e aqui, quero frisar, foi excelente o pormenor que a realização mostrou com a aceleração e a travagem destes dois. Pudemos assistir à frieza do alemão que travava nos limites quando procurava alcançar Alonso, muito bom mesmo.
Dos restantes pilotos, destaque para Kimmi Raikkonen que, partindo do ultimo lugar, consegue chegar ao terceiro lugar, subindo ao pódio, porque Felipe Massa se despista (o Alonso não deve ter ganho para o susto, quando ele passou à sua frente e quase lhe tocou). Jenson Button foi quarto no seu Honda (este rapaz será brevemente o campeão de Fórmula 1, gosto muito dele e do seu estilo de condução: calmo, frio e seguro). Os Williams, pilotados por Mark Webber e Nico Rosberg, foram a agradável surpresa ao entrarem os dois nos pontos, com o filho de Keke Rosberg a ficar em 7º lugar. Assim os motores Cosworth entraram bem na temporada.
Quanto ao nosso Tiago Monteiro, apenas podemos dizer que cumpriu com o que lhe é possível, levar o seu Midland, arrastado pelo motor Toyota, até ao fim, terminando em 17º, após ter partido das boxes com o carro de reserva, por ter partido a transmissão. Os motores V8 portaram-se bem e todas as equipas que os usaram deram-se bem.
Gostei muito: da emoção, da competitividade e dos Maclaren, são os carros mais bonitos e é agradável ver o desfile destas “mono coque” na passerelle da disciplina rainha do automobilismo.
Gostei pouco: ver o alemão Michael Schumacher igualar o número de 65 Pole Positions do sempre saudoso Ayrton Senna da Silva."

2 Comentários a “O antídoto ao “ebola” - parte 2”

  1. # Anonymous Anónimo

    Por favor Alexandre. Volta a dizer mal dos filmes que vês. Mais uma destas e deixo de frequentar este blog.

    Paulo  

  2. # Blogger Mário Azevedo

    excelente post. não vi a corrida, mas se calhar a próxima não perco. há muito que a formula 1 me aborrecia.  

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