Também as questões da convocação, que acabaram por passar em claro na altura, afectaram o desempenho da equipa, sobretudo no meio-campo. É bastante óbvio que neste momento não existe um substituto para Deco. Este problema tem de ser resolvido para depois do Mundial de 2010. Mas deixar também Maniche de fora acabou por sair caro. Moutinho esteve muito bem contra a Turquia, mas apagou-se. Contra a Alemanha estava a ser positivamente engolido quando se lesionou. E para o seu lugar entrou Raúl Meireles, que até é jeitoso, mas não tem nada a ver, nem com Maniche, nem com Manuel Fernandes, outra opção que também foi desaproveitada. E Deco esteve sozinho a remar contra todos os médios alemães. Fez muito, mas acabou por não ser suficiente.
Além disso, temos as questões do guarda-redes e do defesa-esquerdo. Sem alternativas à vista, é difícil derrubar selecções compactas e que jogam no erro do adversário, como a Alemanha.
A questão de Ronaldo pareceu-me muito mais táctica do que propriamente física. Tanto o Tonanha como o Mário, nos comentários que fizeram, têm a sua razão, mas reparem noutro aspecto. Ronaldo só explodiu no Manchester quando Nistelroy foi para o Real Madrid. A partir desta altura, o Manchester passou a jogar sem um médio-ofensivo (o nº 10) e sem uma referência fixa na área. Vejam como Rooney, que costuma ser titular, não é um ponta-de-lança tradicional (até porque é baixinho) e que Saha, que seria o substituto de Nistelroy, quase nunca joga. Neste esquema, Ronaldo tem todo o espaço que necessita para entrar tanto pela direita, como pela esquerda, como pelo meio, como para conduzir a bola a partir do seu meio-campo e libertá-la para ir buscar mais à frente.
Ora, a selecção joga sempre com um nº 10 - Deco - e com uma referência à frente da baliza. Este factor, além de diminuir o espaço de acção de Ronaldo, permite que os defesas façam uma marcação mais pressionante antes que ele receba a bola. Por isso, muito dificilmente Ronaldo poderia ser o mesmo do Manchester. A grande questão é saber porque isto não é assumido, nem pelo seleccionador, nem pelo jogador. Mas qualquer pessoa que acompanha o futebol percebe isso. E as repercussões deste Europeu não serão boas para Ronaldo principalmente em Portugal. E em Madrid, onde vai reencontrar Nistelroy e terá uma equipa a jogar de forma completamente diversa, a vida não vai ser fácil.
Além disso, temos as questões do guarda-redes e do defesa-esquerdo. Sem alternativas à vista, é difícil derrubar selecções compactas e que jogam no erro do adversário, como a Alemanha.
A questão de Ronaldo pareceu-me muito mais táctica do que propriamente física. Tanto o Tonanha como o Mário, nos comentários que fizeram, têm a sua razão, mas reparem noutro aspecto. Ronaldo só explodiu no Manchester quando Nistelroy foi para o Real Madrid. A partir desta altura, o Manchester passou a jogar sem um médio-ofensivo (o nº 10) e sem uma referência fixa na área. Vejam como Rooney, que costuma ser titular, não é um ponta-de-lança tradicional (até porque é baixinho) e que Saha, que seria o substituto de Nistelroy, quase nunca joga. Neste esquema, Ronaldo tem todo o espaço que necessita para entrar tanto pela direita, como pela esquerda, como pelo meio, como para conduzir a bola a partir do seu meio-campo e libertá-la para ir buscar mais à frente.
Ora, a selecção joga sempre com um nº 10 - Deco - e com uma referência à frente da baliza. Este factor, além de diminuir o espaço de acção de Ronaldo, permite que os defesas façam uma marcação mais pressionante antes que ele receba a bola. Por isso, muito dificilmente Ronaldo poderia ser o mesmo do Manchester. A grande questão é saber porque isto não é assumido, nem pelo seleccionador, nem pelo jogador. Mas qualquer pessoa que acompanha o futebol percebe isso. E as repercussões deste Europeu não serão boas para Ronaldo principalmente em Portugal. E em Madrid, onde vai reencontrar Nistelroy e terá uma equipa a jogar de forma completamente diversa, a vida não vai ser fácil.
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