Foram invulgarmente brandas as reacções da generalidade da crítica em relação à eliminação da selecção dos quartos-de-final. Aliás, a não ser Rui Santos, não li ou ouvi mais ninguém questionar os porques do afastamento do Euro. O que é sintomático, porque todos, mas mesmo todos, assumiram e assumem que deveríamos ter ido mais longe. E não fomos.
Pessoalmente, fiquei satifeito com a participação da selecção. Baseado no apuramento, na convocatória e na preparação, tive muitas dúvidas se seríamos capazes de passar a primeira fase. Só apostava que sim porque o nosso grupo era o mais fraco dos quatro. Conseguimos mais do que isso. Passámos aos quartos-de-final e fizemos três bons jogos (o jogo com a Suíça não contou). Perdemos com uma equipa muito sólida e com argumentos que não temos. As nossas forças não suplantaram as nossas fraquezas e isso foi tudo. Mas fiquei com sensações muito melhores do que no último Mundial, em que não fizemos um único jogo em condições. Há dois anos fomos tremendamente bafejados pela sorte; agora, nem por isso. Para os "resultadistas", jogar bem à bola pode não ser importante - para mim é fundamental.
P.S.: Antes de prosseguir, só queria acrescentar que tive a sorte de ver há bocado não só melhor jogo deste Europeu, mas um dos mlehores jogos de selecções a que já assisti. Que grande lição de futebol deu a Rússia. Confirma e ultrapassa o que esperava da selecção (que eu apontei antes do início da competição como vencedora do grupo). E Arshavin é um sonho de jogador. Quem gosta de futebol acompanha jogos e mais jogos na esperança de ver exibições destas. Comemorei tanto o segundo golo dos russos como se fosse um dos nossos. Foi lindo!

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