O Benfica deste segunda vinda de Camacho nunca foi sequer semelhante ao primeiro. Razões haverá muitas, mas não será precipitado concluir que afinal o problema não estava com Fernando Santos, e que não foi para a Grécia com ele.
Camacho levantou uma questão muito séria na despedida. Os jogadores do Benfica não estão motivados e ele não os conseguia despertar. Como é que isto se pode estar a passar num plantel quase exclusivamente composto por internacionais é coisa que não compreendo. O que o espanhol quis deixar claro é que não se trata de uma questão de qualidade, mas de cabeça.
E não foi nada surpreendente que Camacho tenha saído. Nos últimos dois meses, o discurso era de resignação e a atitude contemplativa no banco de suplantes não fazia adivinhar outro desfecho. Da equipa que fez tremer o Milão na Luz já só restam os nomes dos jogadores. O Benfica está de rastos. É uma equipa sem alma e refém de fogachos individuais. Camacho tomou a atitude correcta. Para si próprio, no entanto, não pode deixar de contar como um grande falhanço. Esperar-se-ia muito mais de quem chegou como o salvador e que tem um plantel que não é mau de todo. E a trajectória descendente do Benfica esta época, segundo me parece, não fica por aqui.
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