A propósito das teorias de conspiração, este é o melhor texto que li até agora. No novíssimo e prometedor cinco dias.

3 Comentários a “A ler”

  1. # Blogger Alex

    Mário, eu sei que és uma pessoa inteligente. E sei que preferes, assim como todos nós, acreditar que o 11 de Setembro foi perpetrado por monstros, e não por homens. Mas factos são factos, e nem toda a retórica do Mundo pode mudá-los.
    Para começar, não sei o que são "teorias da conspiração". O que sei é que há muita gente que não está satisfeita com as conclusões oficiais, nem com o pouco empenhamento demonstrado em obter explicações sobre o que aconteceu.
    Segundo percebi, o sr. em causa refere-se ao "Loose change", exibido pela RTP. Provavelmente o moço não chegou a ver os créditos iniciais ou finais, nem se deu ao trabalho de verificar o nome do documentário. Reparem nesta passagem do texto: "O veredicto? 16 em estrutura, 4 em conteúdo. Porque se é admirável o trabalho e empenho destes adolescentes, e parece haver pormenores genuinamente estranhos que mereciam investigação, a existência de líderes maquiavélicos e agentes impiedosos continua a parecer-me do domínio de Ian Fleming. É que, para os paradoxos e inconsistências da versão oficial, continuo a achar mais verosímil a explicação de que muitos fenómenos físicos continuam incompreensíveis para nós e que as instituições americanas está tão cheio de incompetentes, indolentes, débeis mentais e corruptos como todas as outras organizações do mundo.".
    Resumindo, é assim: o sr. Jorge Palinhos acha que as perguntas levantadas pelo "Loose change" são fantasiosas. Pronto. Está arrumado. O sr. Palinhos é que sabe. Os outros todos, os que fizeram o filme, os que criam websites, os que escrevem blogs, não sabem. Portanto, sem abordar uma única questão em concreto, sem mostrar um único ponto em que discorda, sem citar uma única fonte que verifique a versão oficial sobre um único dado colocado pelo filme, o sr. Palinhos discorda. Isto chega?
    Para mim não. Vejamos um único ponto da "teoria da conspiração": o Pentágono não foi atingido por um Boeing 747, como mostra este website e dezenas de outros documentos. Não foi, ponto final parágrafo. Os defensores da verdade oficial baseiam-se em quê? Na palavra de Bush? Nas convicções de Pacheco Pereira? Em quê?
    Assim, e parafraseando este moço, 16 em estrutura, 0 em conteúdo. Ao menos os "adolescentes" que fizeram o "Loose change" fazem perguntas e mostram documentos. Querem saber mais. E eu também quero.  

  2. # Blogger Mário Azevedo

    Alexandre,
    1. O problema é que esses adolescentes não se limitaram a colocar questões, mas a apresentar (mais do pricipitadas) conclusões, muitas delas truculentas e outras absolutamente hilariantes. Eu só vi um pouco do documentário, mas a ideia que fiquei é que não deu para confiar. Eu não posso acreditar num documentário que não debata, que não apresente os argumentos contrários. Tudo é seleccionado para se ir numa determinada conclusão, omitindo dados, criando insinuações nunca muito bem justificadas. Não estou a dizer que não haja factos obscuros, sobretudo no caso do Pentágono, mas daí a concluir-se que foi o governo americano que esteve na origem do 11 de Setembro parece-me demasiado (para não dizer outra coisa) forçado.
    2. Os atentados do 11 de Setembro foram obra de monstros, sim; de humanos, também sim. Sejam eles quem forem.  

  3. # Blogger Leandro Covas

    Mário,

    Concordo inteiramente contigo. O 11 de Setembro está explicado no essencial. Há e haverá muitas questões obscuras que nunca serão respondidas. E assim deverá ser. O Estado americano tem todo o direito em classificar de "ultra secreta" parte da informação que dispõe sobre os atentados. O combate ao terrorismo, no seu essencial, será feito com outras armas que não as bélicas. A INFORMAÇÃO é a mais eficaz. Parece ser esta a questão que o Sr. Bush menos compreendeu, infelizmente. Por isso, aceito que o nosso (aqui incluo os próprios cidadãos dos Estados Unidos) direito à informação deva e tenha que ter limites. Agora confundir esses limites com as teorias absurdas do referido documentário parece-me descabido, para não dizer ridículo. Só falta dizer que foram americanos possuidos por extraterrestres que derrubaram as torres. O que me espanta é a força das convicções políticas em torno da questão ser tal para votar ao obscurantismo o bom-senso.
    Um abraço.

    Leandro Covas  

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