Bento XVI esteve mais de um ano sem meter a pata na poça. Ora, conhecidos os antecedentes de Ratzinger, foi bem bom.
Mas quando a meteu enterrou-se até aos joelhos. O que foi bem mau.
Nos tempos que correm, um político hábil como Bento XVI só pode ter proferido aquelas frases para uma plateia repleta, com direito a televisão, por um de dois motivos: uma distracção monumental, ou foi de propósito. Como não acredito muito na segunda hipótese, o puxão de orelhas que levou é bem feito e fica-lhe de exemplo.
Mas já agora, alguém acredita que os muçulmanos que estavam a segurar cartazes a dizer "Pope's words are hypocritical" sabiam o que estava escrito?
E faz algum sentido que em protesto pela associação feita entre o Islão e a violência, desatem a ameaçar o Vaticano ou a atirar bombas a igrejas?
E por fim, julgam que os muitos manifestantes na Palestina, Irão, etc., etc., sabiam sequer o que Bento XVI tinha dito?

1 Comentários a “Bento e Maomé”

  1. # Blogger Cristina Caetano

    Pois é, Alex...o pior de não conseguir manter a língua dentro da boca quando se deve é não estar nem aí para a consequência do que é dito. Afinal de contas, a platéia do Papa são os católicos, é somente para eles que as idéias são dirigidas, se alguém ouviu e não entendeu ou não gostou, paciência.... parece que é mais ou menos assim que "devemos" enxergar o acontecido.
    Concordo muito com o final do teu texto, qualquer coisa pode virar um pretexto benvindo a alguns e acabar por tirar a nossa vidinha que desde 2001 não anda muito "equilibrada" dos eixos. Enfim...  

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