Ainda não me coloquei entre os incondicionais de Paulo Bento, como alguns sportinguistas que conheço e - estranho - uma série de benfiquistas.
Basicamente, acho-o demasiado conservador e pouco dado ao risco. E daí que previsivelmente o onze em que vai apostar para o início do campeonato não tenha qualquer reforço.
Isto tem a parte boa e a parte má. A parte boa é transparente. Os jogadores conhecem-se. A parte má é que a equipa tipo de Paulo Bento na época passada não jogava bem. Por vezes não jogava mal também. Era quase sempre assim-assim, tal como aconteceu no jogo do Centenário, contra o Inter.
O Sporting da época passada viveu demasiado à sombra da arte de Liedson. Quando o brasileiro esteve ausente (ou presente só em corpo), não rendeu. Peseiro pagou por isso e a equipa não se reforçou. Este ano não espero nada de diferente, embora o abaixamento progressivo nas carreiras de Polga, Caneira e Ricardo e o percurso inverso de Carlos Martins e Moutinho possa trazer novidades. Mas acho que Bento terá de se conformar a arriscar com Djaló, Ronny e outros que venham para ser campeão.