Poucas coisas me têm dado tanto prazer de ouvir nos últimos tempos como a voz envelhecida de Johnny Cash. Uma voz com uma gravidade insuperável, ao mesmo tempo cheia de leveza, pela simplicidade, ao mesmo tempo carregada de sentimento, de emoção, de mágoa.
O último disco de Cash, American V: A Hundred Highways, poderá não ser o melhor disco dele (pessoalmente, de todos, prefiro American IV: The Man Comes Around), não trará também nada de verdadeiramente novo, e, além disso, o que é uma pena, não apresenta nenhuma surpreendente versão, como acontecia com os dois discos anteriores («The Mercy Seat», de Nick Cave, «Personal Jesus», dos Depeche Mode, entre outras); mas que interessa tudo isso, a beleza está toda lá, a voz também, e ainda melhor, porque ainda mais envelhecida, vinda de um corpo quase moribundo.
Mórbido?, talvez, mas a arte agradece.
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Por Mário Azevedo
às 14:05.
O último disco de Cash, American V: A Hundred Highways, poderá não ser o melhor disco dele (pessoalmente, de todos, prefiro American IV: The Man Comes Around), não trará também nada de verdadeiramente novo, e, além disso, o que é uma pena, não apresenta nenhuma surpreendente versão, como acontecia com os dois discos anteriores («The Mercy Seat», de Nick Cave, «Personal Jesus», dos Depeche Mode, entre outras); mas que interessa tudo isso, a beleza está toda lá, a voz também, e ainda melhor, porque ainda mais envelhecida, vinda de um corpo quase moribundo.
Mórbido?, talvez, mas a arte agradece.
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