Hoje é o último dia de um presidente medíocre. Uma jóia de pessoa, expliquemos. Um homem pacífico, lembremos. Adeus, portanto, amável Sampaio, e não se meta mais nestas coisas da política que não foi feito para elas. A política alimenta-se de discussão, de confronto, de tomada de decisões controversas. É uma chatice. E sim, vá muito ao cinema, sete vezes por dia não está mal, não se esqueça da praia no Verão e jogue golfe; tenha, enfim, uma reforma tranquila.
3 Comentários a “Enfim, o sossego”
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para quem lhe deu a bênção na urna em 1995, agora fazes-lhe uma boa urna de despedida.
nunca teve a minha bênção, não me deixa saudades nem sequer qq animosidade pois durante a sua belenística década ignorei-o o mais que pude.
e ainda bem que até se pode com alguma eficácia ignorar presidentes e políticos faz-de-conta. É que dói o pescoço estar sempre a olhar lá para baixo, para esse ordinário clã da sociedade lusa.
esses hOMENS nem chegam aos calcanhares do grau de grandeza de alguns cargos e funções que parasitam.
mas ainda há muita gente que se prostra para polir as suas arrevesadas biqueiras
o Sampaio nunca foi um político de acção. Foi mais de palavra. Para o bem e para o mal. E para se avaliar todo o trabalho que fez durante os dez anos de presidência teríamos que ler todos os seus discursos que recentemente foram publicados. Mas ninguém o vai fazer pois não? Gostava só de lembrar que Sampaio foi dos primeiros políticos portugueses a chamar a atenção para a importância da sociedade da informação, para a inovação na economia... temas tão actuais. Além disso o cargo PR é bastante limitado em termos de acção
a minha discordância tem que ver com essa última afirmação: «o cargo PR é bastante limitado em termos de acção». eu acho que o sampaio tem uma visão demasiado limitada dos poderes do presidente. de resto, até simpatizo com ele e acho que é uma pessoa de indiscutível cultura. ah, e votei duas vezes nele.